terça-feira, 21 de janeiro de 2014

REFLUXO NA INFÂNCIA




Em 80% dos casos, o refluxo tende a regredir a partir dos seis meses de vida coincidindo com a introdução dos alimentos sólidos e a condição de uma postura corporal mais ereta.
O refluxo gastroesofágico é considerado patológico quando os episódios de vômitos e regurgitações não melhoram depois dos seis meses de vida mesmo com alterações na postura e dieta.
Nessa fase, a criança não ganha peso ou o perde e pára de crescer e produz uma esofagite (inflamação do esôfago).
Além desses problemas, a criança apresenta sintomas como irritabilidade, choro persistente, dificuldade para dormir, recusa de alimentos ou complicações relacionadas ao nariz, ouvido, seios da face e garganta.
Em casos mais graves, a criança pode apresentar uma apnéia (parada respiratória) ou aspirar o próprio refluxo (chegar aos pulmões), progredindo para uma pneumonia aspirativa. Preste atenção se seu filho apresenta como sintoma chiado no peito.
Nas crianças mais velhas, os sintomas são de dor ou sensação de queimação no peito que se move até o pescoço (azia), gosto ácido ou amargo na boca, vômitos, episódios de tosse, arrotos e dor ao engolir o alimento.
Como vencer o refluxo? -
O refluxo tem cura e pede alguns cuidados que devemos ter no cotidiano das crianças. 
A manutenção do leite materno é essencial, assim como deixar a criança no colo “em pé” para arrotar depois de alimentada por pelo menos meia hora antes de deitá-la.
Se a criança já toma leite de vaca, às vezes poderá ser necessário engrossar com farinha de arroz ou milho.
Fracionar a alimentação para que o estômago não distenda e o refluxo seja evitado é outro cuidado.
A quantidade de alimento deve ser menor por vez e dada em mais vezes ao dia. 
Alguns alimentos devem ser evitados como gorduras e frituras, chocolate, sucos cítricos (ácidos), café, refrigerante e iogurte.
Outra dica: a cabeceira do berço ou da cama da criança deve ficar elevada para que a ação da gravidade ajude o esvaziamento gástrico, assim como a posição de lado em cima do braço direito.
Os casos mais sérios são tratados com medicação que auxiliam também no esvaziamento gástrico e neutralizam a acidez da substância do estômago. A indicação de cirurgia hoje é pequena devido ao bom desempenho dos medicamentos e dos cuidados na vida diária.


Bruno Rodrigues
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